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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Mateus 6, 33-34]


Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo.
Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado.
[Mateus 6, 33-34]

Amados Jovens




 «Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós» (Act 1, 8). (...) No dia de Pentecostes, o Senhor ressuscitado, sentado à direita do Pai, enviou o Espírito sobre os discípulos reunidos no Cenáculo. Com a força deste Espírito, Pedro e os Apóstolos foram pregar o Evangelho até aos confins da terra. Em cada idade e nas mais diversas línguas, a Igreja continua a proclamar pelo mundo inteiro as maravilhas de Deus, convidando todas as nações e povos a abraçar a fé, a esperança e a nova vida em Cristo.
(…) Rezo para que esta grande assembleia, que congrega jovens «de todas as nações que há debaixo do céu» (Act 2, 5), se torne um novo Cenáculo. Que o fogo do amor de Deus desça sobre os vossos corações e os encha, a fim de vos unir cada vez mais ao Senhor e à sua Igreja e enviar-vos, como nova geração de apóstolos, para levar o mundo a Cristo.
(…) De facto, em cada Missa o Espírito Santo, invocado na oração solene da Igreja, desce novamente não só para transformar os nossos dons do pão e do vinho no Corpo e no Sangue do Senhor, mas também para transformar as nossas vidas fazendo de nós, com a sua força, «um só corpo e um só espírito em Cristo».
Mas, o que é este «poder» do Espírito Santo? É o poder da vida de Deus. É o poder do mesmo Espírito que pairou sobre as águas na alvorada da criação e que, na plenitude dos tempos, levantou Jesus da morte. É o poder que nos conduz, a nós e ao nosso mundo, para a vinda do Reino de Deus. No Evangelho de hoje, Jesus anuncia que começou uma nova era, na qual o Espírito Santo será derramado sobre a humanidade inteira (cf. Lc 4, 21). Ele próprio, concebido por obra do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, veio habitar entre nós para nos trazer este Espírito. Como fonte da nossa vida nova em Cristo, o Espírito Santo é também, de modo profundamente verdadeiro, a alma da Igreja, o amor que nos une ao Senhor e entre nós e a luz que abre os nossos olhos para verem as maravilhas da graça de Deus ao nosso redor.
(…) No entanto esta força, a graça do Espírito, não é algo que possamos merecer ou conquistar; podemos apenas recebê-la como puro dom. O amor de Deus pode propagar a sua força, somente quando lhe permitimos que nos mude a partir de dentro. Temos de O deixar penetrar na crosta dura da nossa indiferença, do nosso cansaço espiritual, do nosso cego conformismo com o espírito deste nosso tempo. Só então nos será possível consentir-Lhe que acenda a nossa imaginação e plasme os nossos desejos mais profundos. Eis o motivo por que é tão importante a oração: a oração diária, a oração privada no recolhimento dos nossos corações e diante do Santíssimo Sacramento e a oração litúrgica no coração da Igreja. A oração é pura receptividade à graça de Deus, amor em acto, comunhão com o Espírito que habita em nós e nos conduz através de Jesus, na Igreja, ao nosso Pai celeste. Na força do seu Espírito, Jesus está sempre presente nos nossos corações, esperando serenamente que nos acomodemos em silêncio junto d’Ele para ouvir a sua voz, permanecer no seu amor e receber a «força que vem do Alto», uma força que nos habilita a ser sal e luz para o nosso mundo.
(…)
Amados jovens, permiti que vos ponha agora uma questão. E vós o que é que deixareis à próxima geração? Estais a construir as vossas vidas sobre alicerces firmes, estais a construir algo que há-de durar? Estais a viver a vossa existência de modo a dar espaço ao Espírito no meio dum mundo que quer esquecer Deus ou mesmo rejeitá-Lo em nome de uma falsa noção de liberdade? Como estais a usar os dons que vos foram dados, a «força» que o Espírito Santo está pronto, mesmo agora, a derramar sobre vós? Que herança deixareis aos jovens que virão? Qual será a diferença impressa por vós?
A força do Espírito Santo não se limita a iluminar-nos e a consolar-nos; orienta-nos também para o futuro, para a vinda do Reino de Deus.
  (…) A efusão do Espírito de Cristo sobre a humanidade é um penhor de esperança e de libertação contra tudo aquilo que nos depaupera. Tal efusão dá nova vista ao cego, manda livres os oprimidos, e cria unidade na e com a diversidade (cf. Lc 4, 18-19; Is 61, 1-2). Esta força pode criar um mundo novo, pode «renovar a face da terra» (cf. Sal 104, 30).
Uma nova geração de cristãos, revigorada pelo Espírito e inspirando-se a uma rica visão de fé, é chamada a contribuir para a edificação dum mundo onde a vida seja acolhida, respeitada e cuidada amorosamente, e não rejeitada nem temida como uma ameaça e, consequentemente, destruída. Uma nova era em que o amor não seja ambicioso nem egoísta, mas puro, fiel e sinceramente livre, aberto aos outros, respeitador da sua dignidade, um amor que promova o bem de todos e irradie alegria e beleza. Uma nova era na qual a esperança nos liberte da superficialidade, apatia e egoísmo que mortificam as nossas almas e envenenam as relações humanas. 
Prezados jovens amigos, o Senhor está a pedir-vos que sejais profetas desta nova era, mensageiros do seu amor, capazes de atrair as pessoas para o Pai e construir um futuro de esperança para toda a humanidade.
O mundo tem necessidade desta renovação. Em muitas das nossas sociedades, ao lado da prosperidade material vai crescendo o deserto espiritual: um vazio interior, um medo indefinível, uma oculta sensação de desespero. Quantos dos nossos contemporâneos escavaram para si mesmos cisternas rotas e vazias (cf. Jer 2, 13) à procura desesperada de sentido, daquele sentido último que só o amor pode dar!? 
Este é o dom grande e libertador que o Evangelho traz consigo: revela a nossa dignidade de mulheres e homens criados à imagem e semelhança de Deus; revela a sublime vocação da humanidade, que é a de encontrar a própria plenitude no amor; desvenda a verdade sobre o homem, a verdade sobre a vida.
Também a Igreja tem necessidade desta renovação. Precisa da vossa fé, do vosso idealismo e da vossa generosidade, para poder ser sempre jovem no Espírito (cf. Lumen gentium, 4). (…) A Igreja tem uma especial necessidade do dom dos jovens, de todos os jovens. Ela precisa de crescer na força do Espírito, que agora mesmo vos enche de alegria a vós, jovens, e vos inspira a servir o Senhor com entusiasmo. Abri o vosso coração a esta força. Dirijo este apelo de forma especial àqueles que o Senhor chama à vida sacerdotal e consagrada. Não tenhais medo de dizer o vosso «sim» a Jesus. (…)
Que significa receber o «selo» do Espírito Santo? Significa ficar indelevelmente marcados, inalteravelmente mudados, significa ser novas criaturas. Para aqueles que receberam este dom, nada mais pode ser como antes. Ser «baptizados» no Espírito significa ser incendiados pelo amor de Deus. «Beber» do Espírito (cf. 1 Cor 12, 13) significa ser refrescado pela beleza do plano de Deus sobre nós e o mundo, e tornar-se por sua vez uma fonte de refrigério para os outros. Ser «selados com o Espírito» significa além disso não ter medo de defender Cristo, deixando que a verdade do Evangelho permeie a nossa maneira de ver, pensar e agir, enquanto trabalhamos para o triunfo da civilização do amor. (…)

Amados jovens de língua portuguesa, queridos amigos em Cristo! Sabeis que Jesus não vos quer sozinhos; disse Ele: «Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador para estar convosco para sempre, o Espírito da verdade (…) que vós conheceis, porque habita convosco e está em vós» (Jo 14, 16-17). É verdade! Sobre vós desceu uma língua de fogo do Pentecostes: é a vossa marca de cristãos. Mas não foi para a guardardes só para vós, porque «a manifestação do Espírito é dada a cada um para proveito comum» (1 Cor 12, 7). Levai este Fogo santo a todos os cantos da terra. Nada e ninguém O poderá apagar, porque desceu do céu. Tal é a vossa força, caros jovens amigos! Por isso, vivei do Espírito e para o Espírito!



Discursos pronunciados pelo Santo Padre, disponível no site da Santa Sé www.vatican.va 


[Trecho da homilia do Papa Bento XVI, proclamada na Celebração Eucarística de 20 de julho de 2008, na XXIII Jornada Mundial da Juventude, em Sidney, Austrália]

sábado, 16 de abril de 2011

ANTES E DEPOIS DA PAIXÃO




Pe Zezinho, scj

A catequese da cruz supostamente deve falar sobre o antes o durante o depois das dores do Cristo e
 das dores do mundo. Não vieram de repente. A cruz de Cristo não veio como surpresa. Jesus falou
dela como realidade e possibilidade.
Pedro até o repreendeu porque achou aquela fala pessimista, derrotista demais! Não era conversa de vencedor!
... (Mc 8,31-33) Jesus, por sua vez, também o repreendeu deixando claro que não se busca, mas também não se
 foge do assunto cruz e dor.  Diz o texto:

Mc 8, 31  E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse 
rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois 
de três dias ressuscitaria. 32  E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte,
 e começou a repreendê-lo.33  Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a
 Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que 
são de Deus, mas as que são dos homens.

Jesus previu seus sofrimentos e deu-lhes um sentido. Com eles ensinou-nos a dar sentido aos nossos
 e aos dos outros.Por isso mesmo afirmou que aquele que quisesse ser digno dele deveria tomar a
 própria cruz e- é claro- as dos outrose segui-lo. ( Mt 10,38 )  Tomar a cruz é uma coisa. Segui-lo com a
 cruz nos ombros é ainda outra. Outra ainda,é usar o ombro que restou para levar a cruz
de alguém mais fraco do que nós.

Pode haver cristão sem crucifixo no peito. O que não pode é haver cristãos sem cruzes nos ombros:
as dele e as dos outros. Se quisermos ser igrejas de Cristo precisamos dessa teologia. Somos igrejas da cruz
 e da ressurreição. Só de cruz só de ressurreição não basta. Porém, cristão sem cruz não existe.
 Quem diz que na Igreja dele não há mais dor nem sofrimento faz um bom marketing, ma
s além de deturpar a verdade, não faz boa teologia. A cruz de Jesus não foi
 o fim de todas as cruzes; foi, sim, o começo de uma geração que sabe o que fazer com a cruz.
 O mundo inteiro sofre.A natureza sofre. A vida sofre. Jesus não veio acabar com a dor, mas dar-lhe
um sentido e forças para levá-la. Nunca prometeu apartamento de cobertura, nem lanchas voadeiras,
nem casa de praia, nem conta polpuda no banco.
 Não era do seu feitio.

A paixão aponta para isso. Cruzes nossas, cruzes dos outros, peitos para levar a sua lembrança e ombros para
carregar o seu peso. Nossa vocação é tirar os outros da cruz. Isso é cristão! Pregar alguém nela é que não é!
Anunciar Jesus sem cruz é censurá-lo. Anunciá-lo só na cruz é deturpá-lo. Houve um antes,
um durante e um depois. Isto é catequese! 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Velocidade Depende de Quem Dirige o Carro.




...disse Jesus aos judeus: “Se eu der testemunho de mim mesmo, meu testemunho não vale. Mas há um outro que dá testemunho de mim, e eu sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro.”
(João 5, 31-32).
As pessoas gostam da sua companhia?
--
     Assim  como João Batista você é  testemunho que passa pela terra para irradiar luz nos corações em que há ou não a ausência de amor.  
     De fato você se alegra por um determinado tempo com essa luz. Procura por algo grandioso, que encante seus olhos de tanto amor. Quer que essa luz te envolva. Procura por ela como a abelha procura pelo pólem. Encontra-a. Sacia-lhe, mas o tempo passa e esse pólem acaba. Por que tal acontecimento?
Assim diz Jesus:
“Vós examinais as Escrituras, pensando que nelas possuís a vida eterna. No entanto, as Escrituras dão testemunho de mim, mas não quereis vir a mim para ter a vida eterna!” 
( João 5, 39-40)

    Por onde tens andado?
   Você procura por Deus em tantos livros, mas não procura no maior deles o ensinamento que Ele lhe deixou.

   Você realmente acredita em Deus?
   Que Deus é esse que você segue?

   Há pessoas que acreditam em Jesus, mas não acreditam no que Ele disse.
   Você é uma dessas?

... procure ouvir o que Ele tem a falar. Há tempos Ele procura encontrar um espaço para poder mostrar o mundo belo do amor...
   Mas você assim como aquele povo segue tais leis e tais movimentos regrados que não se deixa  envolver pela Luz que não passa.
   Que leis está impregnado em ti?
--
   A velocidade depende de quem dirige o carro. Silencie, e deixe  a velocidade  do amor lhe guiar.   Deixe o amor  que trazes lá no fundo da sua alma conduzir você ao céu.

   Mas você acredita em céu?
   Você realmente acredita no amor?
   Você ama?
   Quem você ama?
--
  Sorria, e queira sentir a felicidade, o vento em seu rosto.
  Você só será feliz no céu se literalmente for feliz aqui.
  Você é feliz?

 Quem dirige você?... você, ou o amor?
 O que é o amor?
 Quem é você? É você, ou uma imagem que você criou de si mesmo?
 :)
                                                        -- Ana Paula Bordin

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Padre também se confessa? Os princípios de uma boa confissão.



Por Padre Luizinho no dia abr 4th, 2011 sobre Quaresma.
Por incrível que pareça essa pergunta é frequentemente feita a nós sacerdotes: “O padre se confessa, precisa se confessar? “Com quem o sacerdote se confessa”?” Ser ministro do Sacramento da Reconciliação não nos deixa isentos das fraquezas e de infelizmente cairmos no pecado. O sacerdote como fiel adulto necessita e deve se confessar, vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica: §1457 Conforme mandamento da Igreja,“todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos uma vez por ano”. Certas pessoas pensavam que: o padre confessa com o Bispo, o Bispo com o Papa, tá bom e o Papa confessa com quem? O Papa tem o seu confessor, que até pouco tempo era um frade Capuchinho. Tem gente que até pensava que o padre se confessava com o espelho, não o padre não pode se absolver, ele sempre procura outro padre para se confessar.
Todos os anos os sacerdotes da Diocese de Lorena juntamente com o seu Bispo Dom Benedito Beni dos Santosparticipamos de uma manhã de espiritualidade em preparação dos Sacerdotes para A Semana Santa e Páscoa. Depois de uma reflexão muito profunda Dom Beni preside uma celebração penitencial onde os 60 padres se confessam uns com os outros. Eu me confessei com o Pe Marcos da Canção Nova e é bonito de ver, todos aqueles homens de Deus confessando, ora um usava a estola, ora o outro usava e perdoava os pecados. Graças a Deus padre também se confessa e experimenta a vida Nova em Cristo pelo Sacramento da reconciliação e damisericórdia.
Ouça esta formação na integra:                       




Porque é que Cristo instituiu os sacramentos da Penitência?
§1421 O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos.
Porque existe um sacramento da Reconciliação depois do Batismo?
§1426 - 1425 Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.
Quando foi instituído este sacramento?
§1446 Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. E a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como “a segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça”.
§1485 O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento quando, na tarde de Páscoa, se mostrou aos Apóstolos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos” (Jo20, 22-23).
Quais os elementos essenciais do sacramento da Reconciliação?
§1440 – 1449 São dois: os atos realizados pelo homem que se converte sob a ação do Espírito Santo e a absolvição do sacerdote, que em Nome de Cristo concede o perdão e estabelece a modalidade da satisfação.
Quais são os atos do penitente?
§1491 O sacramento da Penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Um diligente exame de consciência; a contrição (ou arrependimento), que é perfeita, quando é motivada pelo amor a Deus, e imperfeita, se fundada sobre outros motivos, e que inclui o propósito de não mais pecar; aconfissão, que consiste na acusação dos pecados feita diante do sacerdote; asatisfação, ou seja, o cumprimento de certos atos de penitência, que o confessor impõe ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado.
Que pecados se devem confessar?
§1456 Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão.
Quem é o ministro deste sacramento?
§1446 –1466 -1495 Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais, portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Quais são os efeitos deste sacramento?
§1468 Os efeitos deste sacramento “Toda a força da Penitência reside no fato de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade.” Portanto, a finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa “podem usufruir a paz e a tranqüilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual”. Com efeito, o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira “ressurreição espiritual”, uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus (Cf. Lc 15,32).
§1449 A fórmula da absolvição em uso na Igreja latina exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo perdão. Ele opera a reconciliação dos pecadores pela páscoa de seu Filho e pelo dom de seu Espírito, por meio da oração e ministério da Igreja:
Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Obrigado Senhor pela Sua infinita misericórdia, criastes os Sacramentos da Ordem e da Confissão. Grande oportunidade de experimentar o perdão e voltar à amizade Contigo.

Exame de consciência



 

Prepare-se bem para a confissão
 
Para você fazer uma boa confissão é preciso examinar a sua consciência, com a luz do Espírito Santo, com coragem, e nada a esconder do sacerdote, que ali representa o próprio Jesus.
1 :: Amo a Deus mais do que as coisas, as pessoas, os meus programas?
Ou será que eu tenho adorado deuses falsos, como o prazer do sexo, antes ou fora do casamento, o prazer da gula, o orgulho de aparecer, a vaidade de me exibir, de querer ser "o bom", etc.?
2 :: Eu tenho, contra a lei de Deus, buscado poder, conhecimento, riquezas, soluções para meus problemas em coisas proibidas, como: horóscopos, mapa astral, leitura de cartas, búzios, tarôs, pirâmides, cristas, espiritismo, macumba, candomblé, magia negra, invocação dos mortos, leitura das mãos, etc.? Tenho cultivado superstições? Figas, amuletos, duendes, gnomos e coisas parecidas? Procuro ouvir músicas que me influenciam provocando alienação, violência, desejo de sexo, rebeldia e depravação?
3 :: Eu rezo, confio em Deus, procuro a Igreja, participo da Santa Missa nos domingos? Eu me confesso? Comungo?
4 :: Eu leio os evangelhos, a Palavra viva de Jesus, ou será que Ele é um desconhecido para mim?
5 :: Eu respeito, amo e defendo Deus, Nossa Senhora, os Anjos, os Santos, as coisas sagradas, ou será que sou um blasfemador que age como um inimigo de Jesus?
6 :: Eu amo, honro, ajudo os meus pais, ou meus irmãos, a minha família? Ou será que eu sou "um problema a mais" dentro da minha casa? Eu faço os meus pais chorarem? Eu sou um filho que só sabe exigir e exigir? Eu minto e sou fingido com eles?
Vivo o mandamento: "Honrar pai e mãe"?
7 :: Como vai o meu namoro? Faço da minha garota um objeto de prazer para mim? Como um cigarro que eu fumo e jogo a "bita" fora? Ela (e) é uma "pessoa" com a qual quero conviver ou é apenas uma "coisa" para me dar prazer?
8 :: Eu vivo a vida sexual antes do casamento, fora do plano de Deus? Eu peco por pensamentos, palavras atos, quanto a esse assunto: Masturbação, revistas pornográficas, filmes, desfiles eróticos, roupas provocantes? Vivo o homossexualismo?
9 :: Eu respeito meu corpo e a minha saúde que são dons de Deus? Ou será que eu destruo o meu corpo, que é o templo do Espírito Santo, com a prostituição, com as drogas, as aventuras de alto risco, brigas, violências, provocações, etc.?
10 :: Sou honesto? Ou será que tapeio os outros? Engano meus pais? Pego dinheiro escondido deles? Será que eu roubei algo de alguém, mesmo que seja algo sem muito valor? Já devolvi?
11 :: Fiz mal para alguém? Feri alguém por palavras, pensamentos, atitudes, tapas, com armas? Neguei o meu perdão a alguém? Desejei vingança? Tenho ódio de alguém?
12 :: Eu falo mal dos outros? Vivo fofocando, destruindo a honra e o bom nome das pessoas? Sou caluniador e mexeriqueiro? Vivo julgando e condenando aos outros? Sou compassivo, paciente, manso? Sei perdoar, como Jesus manda?
13 :: Sou humilde, simples, prestativo, amigo de verdade?
14 :: Vivo a caridade, sei sofrer para ajudar a quem precisa de mim?
Partilho o que tenho com os irmãos ou sou egoísta?
15 :: Sou desapegado das coisas materiais, do dinheiro?
16 :: Sou guloso, vivo só para comer, ou como para viver?
17 :: Eu bebo sem controle? Deixo que o álcool destrua minha vida e desgrace a minha família?
18 :: Sou preguiçoso? Não trabalho direito? Deixo todas as minhas coisas jogadas e mal-arrumadas, se estragando?
19 :: Sinto raiva de alguém é não perdôo o mal que me fizeram? Desejo vingança contra alguém? Sou maldoso?
20:: Sou invejoso? Ciumento? Vivo desejando o mal para os outros?
Trecho do livro: Jovem, levanta-te
Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor:www.cleofas.com.br