Pe Zezinho, scj das dores do mundo. Não vieram de repente. A cruz de Cristo não veio como surpresa. Jesus falou dela como realidade e possibilidade. Pedro até o repreendeu porque achou aquela fala pessimista, derrotista demais! Não era conversa de vencedor! ... (Mc 8,31-33) Jesus, por sua vez, também o repreendeu deixando claro que não se busca, mas também não se foge do assunto cruz e dor. Diz o texto: Mc 8, 31 E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria. 32 E dizia abertamente estas palavras. E Pedro o tomou à parte, e começou a repreendê-lo.33 Mas ele, virando-se, e olhando para os seus discípulos, repreendeu a Pedro, dizendo: Retira-te de diante de mim, Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as que são dos homens. Jesus previu seus sofrimentos e deu-lhes um sentido. Com eles ensinou-nos a dar sentido aos nossos e aos dos outros.Por isso mesmo afirmou que aquele que quisesse ser digno dele deveria tomar a própria cruz e- é claro- as dos outrose segui-lo. ( Mt 10,38 ) Tomar a cruz é uma coisa. Segui-lo com a cruz nos ombros é ainda outra. Outra ainda,é usar o ombro que restou para levar a cruz de alguém mais fraco do que nós. Pode haver cristão sem crucifixo no peito. O que não pode é haver cristãos sem cruzes nos ombros: as dele e as dos outros. Se quisermos ser igrejas de Cristo precisamos dessa teologia. Somos igrejas da cruz e da ressurreição. Só de cruz só de ressurreição não basta. Porém, cristão sem cruz não existe. Quem diz que na Igreja dele não há mais dor nem sofrimento faz um bom marketing, ma s além de deturpar a verdade, não faz boa teologia. A cruz de Jesus não foi o fim de todas as cruzes; foi, sim, o começo de uma geração que sabe o que fazer com a cruz. O mundo inteiro sofre.A natureza sofre. A vida sofre. Jesus não veio acabar com a dor, mas dar-lhe um sentido e forças para levá-la. Nunca prometeu apartamento de cobertura, nem lanchas voadeiras, nem casa de praia, nem conta polpuda no banco. Não era do seu feitio. A paixão aponta para isso. Cruzes nossas, cruzes dos outros, peitos para levar a sua lembrança e ombros para carregar o seu peso. Nossa vocação é tirar os outros da cruz. Isso é cristão! Pregar alguém nela é que não é! Anunciar Jesus sem cruz é censurá-lo. Anunciá-lo só na cruz é deturpá-lo. Houve um antes, um durante e um depois. Isto é catequese! |
sábado, 16 de abril de 2011
ANTES E DEPOIS DA PAIXÃO
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